O juiz federal Felipe Bittencourt Potrich, substituto da 1ª Vara de Coxim, decretou o bloqueio de até R$ 350 mil de dois suspeitos de participação no assalto a uma agência dos Correios no município, no qual funcionários foram feitos reféns e só liberados mediante negociação com as autoridades. A decisão foi publicada nesta segunda-feira (11) no Diário de Justiça Federal e inclui a aceitação da denúncia, feita pelo Ministério Público Federal (MPF) contra a dupla.
A acusação do MPF se vale do registro da ocorrência policial, feito na 1ª Delegacia de Coxim. Conforme a denúncia, em 1º de fevereiro deste ano, por volta das 12h50, uma funcionária chegava do almoço e se deparou com Ezequiel, que teria questionado o horário de funcionamento da agência e, logo em seguida, anunciou o assalto, levando a primeira vítima para o pátio do prédio pela porta dos fundos.
Negociação – Thiago chegou pouco depois em uma motocicleta, apontando que o roubo “era fruto de um cuidadoso estudo sobre as rotinas da agência”, narra a inicial. Ezequiel ainda perguntou à funcionária sobre a presença do gerente, que já deveria ter chegado ao local. Portando uma arma calibre .32 oxidada, ele seguiu para a tesouraria, que estava trancada –apenas o gerente tinha a chave. Diante disso, a funcionária foi levada para a cozinha por Thiago.
Quando chegou ao local, o gerente percebeu o alarme desligado, sendo imediatamente rendido por Ezequiel, que exigiu que a tesouraria fosse aberta. O cofre, porém, tinha programação e só abriria em horário determinado. Foi quando uma segunda funcionária chegou para o trabalho, sendo também rendida e levada para a cozinha. Depois, as servidoras foram colocadas na tesouraria com o gerente pelos criminosos, que exigiram a entrega de todos os recursos nos caixas.
Os assaltantes confeccionaram um cartaz, fixado na porta, informando que, por problemas técnicos, a agência só abrir as 14h. O fato chamou a atenção de uma terceira funcionária que chegara e, ao perceber algo errado, acionou a Polícia Militar, que cercou o perímetro da agência. Ezequiel e Thiago iniciaram negociação via telefone, pedindo a presença da Defensoria Pública e de um advogado para, finalmente, liberarem as reféns e se entregarem, segundo narrou o registro policial –antes, porém, tentaram destruir seus telefones celulares.
O juiz aceitou a denúncia do MPF, dando início aos demais procedimentos de acusação e defesa. Por se tratar de uma agência dos Correios, a competência de analisar o caso é da Justiça Federal.
Fonte: CG News