Magnatas do Judiciário de MS ganham até R$ 127 mil por mês

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Em Mato Grosso do Sul, é para inglês ver a ideia de que o teto salarial no Brasil não pode nem deve superar a cifra de R$ 39,2 mil. Exemplo mais claro é no Judiciário estadual, onde juízes e desembargadores chegam a ganhar mais de 100 mil reais a cada 30 dias.

No mês de fevereiro passado, por exemplo, teve desembargador que recebeu bruto R$ 93.381,12, quantia mais que dobrada do teto salarial do Brasil, definido em novembro do ano passado. Juiz ganhou R$ 127 mil de remuneração.

Tirando os descontos (previdência pública, imposto de renda e descontos diversos), como consta na relação salarial do Poder Judiciário sul-mato-grossense, restaram para a conta do desembargador Amauri Kuklinski, o mais alto salário entre os 31 magistrados da mais alta corte estadual, em fevereiro passado, no caso, R$ 77.181,55, soma duplicada do teto.

A previdência pública catou R$ 4.789,53 da remuneração bruta do magistrado, isto é, 5,1% da totalidade. Caso fosse descontado os 11%, o valor deveria ser de R$ 10,2 mil.

E se o desconto fosse sobre os R$ 77,1 mil, ganho líquido do magistrado, a quantia seria de R$ 8,4 mil.

Os 4,7 mil representam 13,5% do chamado salário-base dos desembargadores de MS, que é de R$ 35.462,22.

Os R$ 35 mil viraram R$ 93 mil no holerite do desembargador graças a uns balangandãs, conhecido no meio dos magistrados como penduricalhos, que inclui auxílios do tipo alimentação, saúde, moradia. No caso da remuneração de Kuklinski ele recebeu R$ 47,8 mil que saiu de um adicional chamado “direitos individuais” e R$ 5,3 mil da nominada “indenizações”.

E os demais? Só 1 recebeu menos de R$ 50 mil

Entre os 31 desembargadores do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul, apenas um recebeu salário (bruto) inferior a R$ 50 mil, em fevereiro passado.

Veja abaixo a relação com os nomes deles e a soma bruta das remunerações.

Alexandre Aguiar Bastos (R$ 68,3 mil) Amauri Kuklinski (R$ 93,3 mil) Carlos Eduardo Contar (R$ 51,4 mil) Claudionor Abss Duarte (R$ 55,5 mil) Divoncir Maran (R$ 57,9 mil) Dorival Moreira dos Santos (R$ 48,8 mil) Dorival Renato Pavan (R$ 55,5 mil) Eduardo Machado Rocha (R$ 65,5 mil) Fernando Moreira Marinho (R$ 55,5 mil) Geraldo de Almeida Santiago (R$ 75,1 mil) Jairo Roberto de Quadros (R$ 66,1 mil) João Maria Lós (R$ 45,5 mil) José Ale Netto (R$ 70,3 mil) Júlio Siqueira Cardoso (R$ 52,6 mil) Julizar Barbosa Trindade (R$ 56,2 mil) Luiz Bonassini da Silva (R$ 66,4 mil) Luiz Mendes Marques (R$ 70,9 mil) Luiz Tadeu Barbosa Silva (R$ 55,5 mil) Marcelo Câmara Rasslan (R$ 83 mil) Marco André Hanson (R$ 55,5 mil) Marcos José de Brito Rodrigues (R$ 55,5 mil) Nélio Stábile (R$ 64,3 mil) Odemilson Castro Fassa (R$ 68,9 mil) Paschoal Carmelo Leandro (R$ 64,4 mil) Paulo Alberto de Oliveira (R$ 45,5 mil) Ruy Celso Barbosa Florence (R$ 58,4 mil) Sérgio Fernandes Martins (R$ 50,7 mil) Sideni Soncini Pimentel (R$ 54,4 mil) Tânia Garcia de Freitas Borges (R$ 55,5 mil) Wilson Bertelli (R$ 68,6 mil) Vladimir Abreu da Silva (R$ 64,4 mil).

A desembargadora Tânia Freitas Borges não trabalha desde outubro passado, há seis meses, por questão disciplinar – ela teria usado o cargo para apressar a soltura do filho, que havia sido preso por tráfico de drogas. A magistrada é, também, investigada por ter influenciado num outro julgamento.

JUÍZES

Entre os juízes sul-mato-grossenses cujo salário-base é de R$ 33,6 mil, teve magistrado, como José Domingos Filho, magistrado em Dourados, que recebeu em fevereiro passado a remuneração bruta de R$ 103,4 mil (soma bruta).

Atílio César de Oliveira Júnior, juiz em Campo Grande, teve o ordenado bruto em fevereiro, de R$ 127,7 mil, quantia que supera em três vezes o teto máximo estabelecido no Brasil, que é de R$ 39,2 mil.

Na lista de pagamento dos juízes de MS, em fevereiro passado, há 178 pagamentos. Emerson Ricardo Fernandes, juiz da Entrância Especial de Dourados, recebeu de salário bruto R$ 82,5 mil (remuneração bruta de fevereiro passado).

 

 

 

 

 

Fonte: Top Midia News

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