O Estado de Mato Grosso do Sul é o terceiro estado com maior índice de obesidade no Brasil. De acordo com Pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), de 2018, do Ministério da Saúde, a média do país é de 19,8% e em MS a população atingiu 21%. Sobre esse índice, houve aumento de 67,8% nos últimos treze anos, saindo de 11,8% em 2006 para 19,8% em 2018.
Em contrapartida, pesquisa feita no início de julho de 2019 pela Fundação Oswaldo Cruz da Bahia apontou que adolescentes residente no Brasil, de faixas mais pobres da população, estão mais obesos e ainda sofrem desnutrição.
O Estado do Amazonas e do Mato Grosso se encontram nos primeiros lugares entre estados com maior índice de obesidade, atingindo 23% e em segundo lugar ficaram os estados do Rio de Janeiro, Pernambuco e Roraima.
Em 2018, os dados também apontaram que o crescimento da obesidade foi maior entre os adultos de 25 a 34 anos e 35 a 44 anos, com 84,2% e 81,1%, respectivamente. Apesar de o excesso de peso ser mais comum entre os homens, em 2018, as mulheres apresentaram obesidade ligeiramente maior, com 20,7%, em relação aos homens,18,7%.
A pesquisa apontou também que no país todo mais da metade da população está acima do peso, atingindo 55,7%.
Na contramão do aumento dos percentuais de obesidade e excesso de peso, o consumo regular de frutas e hortaliças cresceu 15,5% entre 2008 e 2018, passando de 20% para 23,1%. A prática de atividade física no tempo livre também aumentou 25,7% (2009 a 2018), assim como o consumo de refrigerantes e bebidas açucaradas caiu 53,4% (de 2007 a 2018), entre os adultos das capitais. Também ao informar que receberam o diagnóstico médico de diabetes (40%), entre 2006 e 2018, os entrevistados demonstraram ter maior conhecimento sobre sua saúde, o que os motivaram a buscar os serviços de saúde, na Atenção Primária, receber o diagnóstico e iniciar o tratamento.
“Nós temos um aumento maior da obesidade em decorrência do consumo muito elevado de alimentos ultraprocessados, de alto teor de gordura e açúcar. Então, o incentivo ao consumo de hortaliça entre as crianças e os adultos é fundamental. Está acontecendo uma mudança de comportamento, de paradigma importante no Brasil. E também, compete a nós, a gestão, ampliarmos o incentivo ao consumo de alimentos mais saudáveis e também promover a economia local, com o consumo de hortaliças. Quanto mais próximo de casa eu compro o alimento, mais saudável ele é, e mais fresco eu vou consumi-lo”, afirmou o secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Wanderson Oliveira.
Fonte: Correio do Estado