Assassino de tio mentiu à PF para conseguir arma, aponta investigação

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Durante as investigações do assassinato Osvaldo Foglia Junior, de 47 anos, a Polícia Civil descobriu que Miguel Arcanjo Camilo Júnior, de 32 anos, mentiu para conseguiu a posse de uma pistola 380, usada para matar o próprio tio no dia 16 de julho em uma conveniência no São Lourenço. A Polícia Federal foi notificada e deve investigar o caso.

Ao site Campo Grande News, o delegado Tiago Macedo, da 4ª Delegacia de Polícia Civil, explicou que a suspeita surgiu após Miguel afirmar sofrer síndrome do pânico e outras doenças psiquiátricas. “Para comprar a arma você precisa estar em plena capacidade. Perguntei se ele havia informado isso a quem fez a coleta de dados e ele foi evasivo”.

Miguel recebeu o direito de ter a arma em seu estabelecimento comercial no primeiro semestre deste ano após apresentar todas as documentações necessárias a Polícia Federal. Segundo o delegado, essa “sonegação de informações relevantes” resulta no crime de falsidade ideológica.

O possível crime foi comunicado a Polícia Federal que, segundo o delegado, deve investigar a situação. Enquanto isso, Miguel continua preso pelo assassinato do tio. No início deste mês ele voltou a ser ouvido pela polícia e mais uma vez alegou legítima defesa. “Mas a versão dele não bate com a realidade”, reforçou Macedo.

O depoimento de Miguel foi confrontado com o vídeo que registrou o assassinato, mas ainda assim ele não mudou sua versão dos fatos. As imagens confirmaram a descrição da perícia de que a vítima não tinha como reagir, já que recebeu 9 tiros, em locais diferentes, como garganta, cabeça, pescoço, costas, entre outros.

Caso – Em depoimento Miguel Arcanjo Camilo Junior, de 32 anos, assassino confesso do próprio tio, afirmou que foi ameaçado e perseguido pelo menos três vezes antes de cometer o crime. Ele detalhou que é dono de duas lojas de revenda de frios e que o tio, Osvaldo Foglia Junior, de 47 anos, foi contratado por um de seus fornecedores, o empresário e vereador de Cassilândia Wesley Ferreira, para fazer a cobrança de uma dívida.

O assassino confesso alega que Osvaldo não recebeu pelo serviço e como ele foi intermediário da negociação, se tornou alvo de cobranças e ameaças. Miguel está preso preventivamente desde a noite de segunda-feira (22), quando foi encontrado por policiais do GOI (Grupo de Operações e Investigação) no Bairro Chácara Cachoeira, em Campo Grande.

O cunhado e o sogro de Miguel também foram indiciados no processo sobre a morte de Osvaldo. Eles a esconder o Camaro usado pelo assassino na fuga e ainda entregaram um outra carro para que ele deixasse o local, por isso vão responder por favorecimento pessoal.

 

 

 

 

 

Fonte: CG News

Redondus