A Polícia Civil de Rio Verde-MS investiga se a professora preso por abusar de alunos em uma creche da cidade participava de um esquema com “característica de uma rede de pedofilia”. Segundo depoimento das vítimas, os crimes eram filmados pela suspeita. Pelo menos 11 crianças foram vítimas de estupro.
No início do mês passado, a defesa contrata pelos pais de seis crianças, vítimas da professora, entraram na justiça para pedir “produção antecipada de provas” contra ela.
No documento os advogados Ana Cristina Motta Gessi, Antônio Adonis Mourão Jr. e Caio Yule Marques Santos Jr., afirmam que há “suspeitas” de que a professora possa estar agindo com outros suspeitos no crime e pedem a apreensão das gravações de câmeras de segurança dos vizinhos dela ara comprovar a “movimentação” na casa.
O pedido está baseado em detalhes da investigação, que segue em segredo de justiça, e no depoimento das vítimas, que indicam que os abusos foram filmados pela suspeita. Uma das crianças ainda teria apontado à participação de outra professora nos crimes.
Apesar de ser contra a apreensão das imagens, o promotor do caso confirma as suspeitas do envolvimento de outras pessoas no crime, que segundo ele podem “caracterizar rede de pedofilia”. No entanto afirma que ainda se trata de uma hipótese investigada pela polícia.
A reportagem encontrou em contato com a Polícia Civil da cidade, mas foi informada que a delegada responsável pelo caso não irá se pronunciar por conta do sigilo da investigação. O pedido da defesa foi negado pelo juiz da cidade, que entendeu que ainda não há necessidade de “invadir a esfera privada de terceiros”.
Entenda – Os abusos foram descobertos depois que os pais das crianças perceberam vermelhidão na área genital das vítimas e procuraram a Delegacia de Polícia Civil. As crianças foram ouvidas, confirmaram os abusos e ainda apontaram outros coleguinhas que passaram pela mesma situação. Todas foram submetidas a exames.
A professora foi presa na tarde do dia 25 de junho e é investigada pelo estupro de pelo menos onze alunos da creche. A suspeita, no entanto, está afastada de suas funções no local desde o dia 7 de junho.
Fonte: CG News