O secretário da Sejusp (Secretaria de Justiça e Segurança Pública) Antônio Carlos Videira afirmou que a rota bioceânica pode ser um novo caminho para o tráfico dentro de Mato Grosso do Sul. “Ali vai ser uma rota que não só leva o progresso, mas também de acesso a criminalidade, que pode mandar por ali drogas, veículos roubados, trazer outros tipos de crimes que até então nem tem naquela região”.
Segundo o secretário, é necessário investimentos e retorno do Governo Federal para aumentar a segurança da região com Polícia Rodoviária, Polícia Federal e também Receita Federal. Ele também comentou que já está sendo negociando o reforço desses órgãos de segurança, para que possam agir preventivamente quando a rota já estiver implementada.
Videira destaca que 47% dos flagrantes feitos no Estado são relacionados ao tráfico. Ele explica que a produção da maconha é realizada na região do Paraguai, em San Pedro, e chega ao Brasil principalmente pela dificuldade da rota de destino, Argentina e Uruguai. “Parte dessa droga pode ingressar no país e ser mais uma rota de entrada, não só de drogas, cigarros, uma rota também para carros roubados no Brasil seguirem para o Paraguai”, afirma o secretário.
Rota bioceânica
O projeto da Rota Bioceânica é uma iniciativa para diminuir até 8 mil quilômetros do transporte de mercadorias brasileiras até o mercado asiático. O trajeto irá passar pelo Brasil, Paraguai, Bolívia e Chile.
No dia 20 de julho foi assinada a licitação para construção da ponte de Porto Murtinho até Caramelo Peralta, município paraguaio. A previsão do Governo do Estado é que a ponte seja inaugurada em abril de 2023.
Fonte: midiamax