BRADOS DE UM FILHO
Com tépidas sombras de matas frondosas,
As flores são aves que voam ao vento,
Manchando em arco-íris o vasto horizonte.
Às vezes se ouve: “-como és gigante!…”
Pelos seus vales correm águas plácidas,
Uivante nas serras um vento agreste,
Às vezes se unindo ao silêncio dos seios dos montes!…
Nas baixas planícies as relvas molhadas,
O vento nas matas e nas palmas brilhantes;
Sob a brisa oscilante das verdes manhãs…
Se alguém se pergunta: “-isto o que é?”
As brisas do silêncio respondem: “-é Camapuã”.
Traçando os sertões os rios caudalosos,
Entre vales e serras de grandes palmeirais;
Riachos curvosos cruzam esta terra
Rumo a horizontes levando saudades…
Arrulhando: “Camapuã, a mais bela cidade…”
Nos céus desta terra estrelas fascinantes,
Oscilantes brilhando, brilhando oscilantes;
Sempre indicando onde há paz imortal…
Silenciosas flores sorriem p’ra natureza,
As aves não esquecem o canto matinal!…
Grandeza de terra, grandeza de espírito,
É Camapuã a “Princesa do Amor”,
Nas matas surgiu como uma roseira,
Toda regada de gente hospitaleira,
Enfim, hoje desfechou como eterna flor!…
(Livro “Sonhos & Realidades”, de Etevaldo Vieira de Oliveira)
Texto: Por Etevaldo Vieira