Atendendo a uma indicação do vereador e atual presidente da Câmara Municipal de Camapuã, Lellis Ferreira da Silva (MDB), a “Festa da Família Mantenense” do referido município foi incluída no Calendário Oficial de Eventos de Mato Grosso do Sul. A Lei nº 5.406, de 1º de outubro de 2019 foi publicada na edição desta quarta-feira, dia 2 de outubro, em Diário Oficial e oficializa a adesão do evento ao anuário estadual.
De acordo com o Lellis, a tradicional festa é comemorada no Dia do Senhor Bom Jesus da Lapa, em 6 de agosto e acontece desde 1926, de forma ininterrupta no município.
O vereador comenta que a indicação foi apresentada em Sessão Ordinária em junho deste ano e encaminhada ao deputado estadual Márcio Fernandes (MDB) para que fosse criado um Projeto de lei na Assembléia Legislativa requerendo a inserção da Festa da Família Mantenense no calendário cultural do Estado.
“A festa perpetua até hoje em Camapuã e fomenta o turismo local, merecendo o reconhecimento de tradição cultural e sua inserção no calendário cultural do Estado”, declarou o legislador, que solicitou também que fosse declarada utilidade pública estadual à Associação Família Mantenense de Camapuã para que a instituição pleiteasse benefícios junto à Fundação de Cultura de Mato Grosso em apoio a festividade.
Em Camapuã, a Festa da Família Mantenense compreende a reza do terço tradicional, almoço festivo com apresentação musical e demais praça de alimentação. A entrada é franca.
História
A Festa da Família Mantenense traz devoção e fé com a reza do terço cantado e refeição denominada “Mesada dos Anjos”, que consiste em escolher sete anjos e servir um almoço ou jantar especial para eles.
A tradição começou, segundo história, com o casal de patriarcas da família mantenense – Manuel Felisberto e Rosa – em razão de uma doença ou peste que na época atingiu o gado e até pessoas.
Uma promessa feita por Rosa ao Senhor Bom Jesus da Lapa para que ele lhe mostrasse um remédio ou planta, ou ainda raiz, que curasse a doença, enquanto existisse descendente Mantenense teria que rezar todos os anos o terço e servir a “Mesada dos Anjos”. Através de uma ”raizada” a doença foi extirpada da região e a tradição mantida até hoje.
fonte: Jornal do Estado MS