Esposa do vereador Cazuza (PP), a pedagoga Ilcemara Lopes de Oliveira, o secretário municipal de Governo, Antônio Lacerda e o chefe de recursos humanos, Francisco César Antônio viraram réus após a Justiça aceitar a denúncia de que eles estão envolvidos em contratação da pedagoga para aturar na Secretaria Municipal de Governo e Relações Institucionais da Prefeitura de Campo Grande. A esposa de Cazuza teria ganhado R$ 2 mil por mês sem nunca ter trabalhado na prefeitura.
O juiz David de Oliveira Gomes Filho, 2ª Vara de Direitos Difusos, Coletivos e Individuais Homogêneos, aceitou a denúncia e publicou despacho na manhã desta segunda-feira (14). De acordo com o juiz, existem evidências de que a esposa de Cazuza, Ilcemara Lopes teria ganhado R$ 2 mil por mês sem trabalhar. Em contrapartida, ela declarou que não sabia e “nem foi comunicada que era funcionária pública, ou que tinha sido nomeada e que tinha que assumir, sendo que se tivesse sido informada teria até renunciado pois era para exercer função e cargo que não tinha nada haver com sua área de atuação”, diz parte da defesa da pedagoga.
Se as denúncias forem confirmadas, os três podem ser condenados a suspensão dos direitos políticos e terão de ressarcir os cofres públicos.
O problema maior é que a suposta funcionária fantasma foi nomeada pela Segov em maio de 2017, mas nunca teria comparecido ao Paço Municipal. Os valores foram pagos a ela durante, aproximadamente, nove meses. A professora é pedagoga em um colégio evangélico na Capital, Adventista.
Em sua defesa, nos autos do processo, Lacerda declarou que não tem como ter conhecimento de todos os nomeados em sua pasta e que ao ter conhecimento do caso ele cobrou a devolução do dinheiro e a abertura de investigações.
Francisco César Antônio também usou da mesma justificativa de Lacerda e disse que não tem conhecimento da irregularidade.
A reportagem ligou mais de três vezes para Lacerda e para o vereador Cazuza, mas até o fechamento desta matéria, não conseguiu retorno.
fonte: correio do estado