Uma equipe composta pelo Juiz de Direito da Vara Especial da Infância e da Juventude da Comarca de Camapuã, Drº Deni Luis Dalla Riva, pela Primeira-Dama e Secretária de Assistência Social, Elaine Huber, e pelas servidoras da equipe de Alta Complexidade, Ana Karina (Psicóloga) e Jucione Pereira (Assistente Social), participaram do III Seminário Internacional sobre Acolhimento Familiar, em Campinas-SP. O evento, que começou no domingo (20/10) e finalizou nesta quarta-feira (23), foi promovido com o objetivo de dispor um conjunto de orientações e apoio técnico para os municípios que executam diretamente a oferta de acolhimento familiar.
Camapuã conta com o Serviço Família Acolhedora, executado pela equipe de alta complexidade da Assistência Social em parceria com o Poder Judiciário e Ministério Público desde 2002. O Serviço promove acolhimento temporário em casas de famílias capacitadas pela equipe a crianças e adolescentes em situação de risco e com medida protetiva.
“É um seminário importante, pois trata não só do Família Acolhedora, mas de todas as formas de acolhimento familiar. Trocamos muitas experiências e estamos fazendo uma análise de nossa atuação em Camapuã. Precisamos avançar no trabalho social de base com famílias, em conjunto com os Cras, para que essas crianças e famílias tenham vínculos fortalecidos”, afirmou a Secretária Elaine Huber.
Com a presença dos profissionais de Camapuã, foi possível realizar encontros com secretários de outros municípios e gestores internacionais para entender outras modalidades de acolhimento familiar.
“Buscamos com este seminário, refletir sobre os aspectos teóricos e práticos do acolhimento familiar, fomentando e incentivando que mais famílias se engajem nesta ação de proteção social e diminuição do rompimento de vínculos afetivos e comunitários, ” diz o Juiz e padrinho do projeto em Camapuã, Drº Deni Luis Dalla Riva.
O evento reuniu mais de 400 pessoas, entre juízes, promotores, técnicos da Vara e da Infância e Juventude, assistentes sociais, psicólogos, conselheiros tutelares, advogados, organizações da sociedade civil, estudantes e interessados na área.
O Seminário foi promovido pelo Ministério do Desenvolvimento Social e reuniu pesquisadores e especialistas de várias partes do mundo para compartilhar experiências e metodologias inovadoras com foco na reintegração familiar das crianças e também no apoio às famílias acolhedoras.
Acolhimento Familiar
A proposta do Acolhimento Familiar é, primeiramente, reintegrar a criança que está afastada da família, sob medida protetiva, à sua família de origem ou extensa. Caso isso não seja possível trabalha-se a inserção em outra família por adoção. Acolher não é adotar. A família acolhedora não é família por adoção.
O acolhimento familiar é uma medida protetiva, temporária e excepcional, prevista em lei pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Representa um serviço dentro da proteção social especial junto com os demais serviços de acolhimento institucional (abrigos e casas lares) para crianças e adolescentes em situação de risco social que foram afastados de suas famílias de origem por decisão judicial.
A equipe técnica do serviço é responsável por selecionar, capacitar, cadastrar e acompanhar as famílias acolhedoras, bem como realizar o acompanhamento da criança e do adolescente acolhido e sua família de origem.
As famílias acolhedoras assumem, temporariamente, os cuidados integrais da criança ou adolescente incluindo educação, saúde e lazer com amor e dedicação. Para isso conta permanentemente com o trabalho compartilhado de uma equipe de profissionais e de apoio financeiro, em forma de bolsa-auxílio.