Quatro casos de raiva em bovinos foram confirmados em Mato Grosso do Sul, na região do limite das cidades de Costa Rica e Chapadão do Sul, nas furnas onde nascem os Rios Paraíso e São Luís. Além dos casos confirmados, a mortalidade de 45 animais no entorno levou a Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal (Iagro) a emitir alerta aos produtores rurais para redobrarem os cuidados com o rebanho neste período.
Conforme o Iagro, equipe trabalha em área de 12 quilômetros do local onde houve o foco, conforme estabelece protocolo, procurando por possíveis abrigos do morcego transmissor, conhecido como morcego vampiro, além de orientar produtores sobre cuidados, atualização de vacina e a importância da não manipulação de animais que apresentarem sintomas da doença.
Nas propriedades onde casos de raiva são identificados ou onde venham a ser encontrados abrigos de morcegos, o proprietário não sofre nenhum tipo de sansão.
Segundo o fiscal estadual agropecuário Fábio Shiroma, animais com andar cambaleante ou que se deitam e morrem após três a sete dias são suspeitos de estarem com raiva e não devem ser tocados.
“Em hipótese alguma as pessoas devem manipular os animais com sintomatologia nervosa”, disse o fiscal, que também é coordenador dos Programas Nacional de Controle da Raiva dos Herbívoros (PNCRH) e de Prevenção e Vigilância da Encefalopatia Espongiforme Bovina (PNEEB).
RAIVA
A raiva é uma zoonose que pode ser transmitida para humanos e não tem cura, com letalidade próxima dos 100%. Caso uma pessoa entre em contato com animal com suspeita de raiva ou seja agredido por cães, gatos ou morcegos, deve procurar a Unidade Básica de Saúde (UBS) mais próxima para receber o atendimento necessário.
A doença acomete o Sistema Nervoso Central (SNC) dos mamíferos, inclusive do homem e o período de incubação, que é o tempo que o animal foi exposto ao vírus até o aparecimento dos sinais clínicos, varia em média de 45 a 60 dias.
Conforme o Iagro, a resposta imunológica à vacinação se inicia em média com 7 a 10 dias. Por isso, é comum o aparecimento de animais que receberam a vacinação e vieram a óbito com a Raiva até que todos os animais estejam protegidos pela vacina.
fonte: correio do estado