Associação de Procuradores intervém em ação em favor da Advocacia Pública no município de Camapuã

    864
    Paço Municipal de Camapuã. Foto Divulgação
    Banner Câmara de Camapuã

    No último dia 17 de janeiro, foi julgada a ação popular (s nº 0801508-90.2018.8.12.0006) proposta pelos procuradores municipais Orlando Fruguli Moreira, membro do Conselho Deliberativo da ANPM e presidente da Associação de Procuradores Municipais do Mato Grosso do Sul, e Izabela Echeverria Correa. A ANPM integrou o processo como amicus curiae.

    Na sentença, o juiz da 2ª Vara Cível e Criminal da Comarca de Camapuã, MS, determinou que fosse vedada a prática de atos privativos de procurador público municipal pelo secretário municipal de Assuntos Jurídicos, Wilson Tadeu Lima, sob pena de multa diária de R$1 mil . Além disso, Lima foi condenado a pagar 50% do valor das custas processuais e deve dividir com o Município os custos dos honorários advocatícios, com fundamento no art. 85, §8º, do NCPC, tendo em vista tratar-se de causa de pequeno valor e de proveito econômico inestimável. O juiz declara ainda a nulidade da nomeação da advogada Marcela Vieira Rodrigues Murata para exercer a função de assessora jurídica do Município de Camapuã e estabelece que tal cargo deve ser ocupado por um servidor de carreira, como consta na Constituição.

    A perseguição do prefeito Delano de Oliveira Huber (PSDB) e do secretário Wilson Tadeu a advogados públicos é antiga. Uma reportagem do jornal Correio do Estado, do Mato Grosso do Sul, do início de 2019, revela os abusos cometidos pelos políticos locais. A reportagem revela que, “com as mudanças feitas na gestão do prefeito Delano de Oliveira Huber (PSDB), eles tiveram a carga horária e remuneração reduzidas pela metade”. Ao longo do ano, a ANPM atua dando apoio incondicional aos procuradores de Camapuã. (Veja aqui)

    Orlando conta que, desde que tomou posse, em 2017, ele e os colegas sofrem com o assédio moral e com a desmoralização da advocacia pública por parte do prefeito e do secretário. “Assumimos o cargo sem nenhuma condição de trabalho. Tivemos que levar tudo para podermos trabalhar: cadeira, iluminação, até toner para imprimir os processos”, diz. 

    Para reverter a situação e fazer cumprir a Constituição e a Lei Orgânica de Camapuã, o procurador ainda fez representações junto à Câmara Municipal, pedindo a cassação do prefeito por infração político-administrativa; na Procuradoria-Geral de Justiça, por contratações irregulares, e no Tribunal de Contas do Estado do Mato Grosso do Sul, para que fosse feita uma inspeção extraordinária no município.  Em seguida, o prefeito abriu um processo administrativo disciplinar contra Moreira. No entanto, a ação foi suspensa, com o entendimento do Ministério Público de que o PAD deve ser anulado, já que se trata de mais um ato de perseguição.

    Veja aqui o texto completo:

     Ação Popular

    Mandado de Segurança

     

     

     

     

     

    fonte: https://anpm.com.br/

    Redondus