Afetadas pela quarentena, vendas no comércio tiveram queda de 2,3% no Estado

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As vendas no varejo recuaram 2,3% em Mato Grosso do Sul em março de 2020 em relação a março do ano passado. Na comparação com fevereiro a queda é de 2,1%. O varejo acumulou alta de 1,1% no ano e 0,3% nos últimos doze meses. Os dados são da Pesquisa Mensal do Comércio, do Insttuto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), divulgada hoje.

Já no varejo ampliado, que inclui as atividades de Veículos, motos, partes e peças e de Material de construção, o volume de vendas recuou 3,5% em relação a fevereiro (queda mais intensa desde o início da série, iniciada em fevereiro de 2003.

Os resultados para março de 2020 foram marcados pelo início do isolamento social devido à pandemia de Covid-19.

Do total de empresas coletadas pela Pesquisa Mensal de Comércio, 14,5% relataram impacto do isolamento social em suas receitas, que se iniciou em algumas capitais a partir da segunda quinzena de março. Ao justificar a variação detectada em suas receitas de vendas em março, 43,7% das empresas citaram o coronavírus como principal causa. Na comparação com março de 2019, a queda no volume de vendas destas empresas que relataram impacto do Covid-19 em suas atividades foi de -23,0%, enquanto a retração das que não reportaram qualquer impacto da quarentena em suas receitas cresceu 1,5%, na mesma comparação.

O comércio varejista recuou 1,2% em relação a março de 2019 e a influência das receitas das empresas que relataram algum impacto devido ao Covid-19 nesse indicador foi de (-2,6 p.p.) enquanto a influência das que não relataram qualquer impacto foi de 1,4 p.p.

No varejo ampliado, a queda no volume de vendas das empresas impactadas pelo Covid-19 foi de -26,8%, enquanto o das que não relataram impacto recuou 3,1%. A influência do subgrupo de empresas impactadas na variação do varejo ampliado em relação a março de 2019 (-6,3%) foi de -3,7 p.p, enquanto o subgrupo das demais influiu com -2,6 p.p.

Queda – O isolamento social devido à pandemia teve impactos distintos. Seis das oito atividades pesquisadas registraram queda no volume de vendas do comércio varejista, sobretudo aquelas que tiveram suas lojas físicas fechadas em algumas cidades do país, a partir da segunda quinzena do mês. Apresentaram resultados negativos: Tecidos, vestuário e calçados (-42,2%), Livros, jornais, revistas e papelaria (-36,1%), Outros artigos de uso pessoal e doméstico (-27,4%), Móveis e eletrodomésticos (-25,9%), Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-14,2%), Combustíveis e lubrificantes (-12,5%).

Em contrapartida, Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (14,6%) e Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (1,3%), atividades consideradas essenciais durante o período de quarentena, apresentaram avanço nas vendas frente a fevereiro de 2020. 

 

 

 

 

 

 

Fonte:Campo Grande NEWS

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