Campo-grandenses acreditam que melhor decisão é adiar eleições municipais

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Grande parte da população não tem usado máscaras na Capital - Foto: Álvaro Rezende / Correio do Estado
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Em meio à velocidade em que a pandemia do novo coronavírus se alastra pelo país, cresce a sensação de incerteza quanto à realização das eleições municipais deste ano. 

Isso porque o cenário da atual saúde pública, já reflete na opinião de boa parte da população campo-grandense que acredita que a melhor decisão é adiar a escolha dos futuros prefeitos e vereadores.  

A Constituição estabelece que as eleições no Brasil devem ser realizadas no primeiro e último domingo de outubro que neste ano, as datas seriam 4 e 25, mas por conta da pandemia, já existe uma tratativa para adiar as eleições para novembro. 

Porém, essa mudança no calendário eleitoral depende de emenda constitucional, que deve ser votada no começo de julho, segundo explicou o senador Nelson Trad Filho (PSD) ao Correio do Estado. 

Para a educadora física Tássia Cruz, de 36 anos, o adiamento não é só bom como deveria ser por tempo maior já que o acesso entre as pessoas e os candidatos serão bastante limitado e pode desinteressar as pessoas para conhecer melhor o candidato.

“Eu concordo em adiar, porque na minha opinião, acabará desinteressando ainda mais os eleitores que podem votar de qualquer jeito ou até anular o voto, mas manter as eleições, acho perigoso no momento”, disse. 

Ideia que também é bem vista pela estudante Nadir Medina, de 18 anos, que mora no distrito de Anhanduí e está acostumada a ver muitas pessoas no dia da votação. Ao Correio do Estado, ela explicou que todas as pessoas que moram no distrito votam em apenas uma escola e sem o adiamento até acabar a pandemia, pode aumentar os casos em todas as cidades. “Está tendo um grande aumento no número de casos, então eu penso que deveria adiar as eleições não só em semanas, mas esse ano mesmo, até as coisas melhorarem”, explica.

Mesmo com a ideia das eleições em outro ano, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) já informou em nota que, houve consenso pelo adiamento do pleito por algumas semanas, garantindo que seja realizado ainda este ano, na data que será definida pelo Congresso Nacional e descartou a possibilidade de unificar as eleições gerais e municipais em 2022.

O porteiro Márcio de Souza, de 25 anos, comemorou a ideia. “Eu acredito que seja bom adiar, por conta do vírus, para dar mais segurança às pessoas, porque a gente sabe que em dia de eleições tem muitas aglomerações, então que bom que existe essa ideia”, contou. 

Francisco das Chagas, 38 anos, é do Ceará e está em Campo Grande há pelo menos um ano na casa de parentes e também concorda com o adiamento do pleito. “Eu acho que é bom por causa dessa doença, para as pessoas ficarem em casa, eu pretendo morar aqui, gostei da cidade, se tiver que voltar ao Ceará vou transferir meu título de eleitor para cá”, disse. 

O pedreiro Édio Vicente, de 45 anos, pensa diferente e acredita que não é necessário fazer toda a mudança do calendário, mas mudar apenas a logística no dia da votação. “Se não fizer conforme calendário vai ser pior, do jeito que está não dá para ficar, poderia ser feito no prazo, mas em três dias, por exemplo, com divisão em grupos de votação, ou dias alternativos”, contou. 

Sobre logísticas e novas estratégias para manter o pleito mesmo em meio a pandemia, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral, ministro Luís Roberto Barroso, levantou em reunião realizada na terça-feira (16), a possibilidade de suspender a identificação por biometria para diminuir o contágio da doença, além de outros métodos de segurança durante as votações. 

 

 

 

 

Fonte: Correio do Estado

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