Durante o socorro na noite do dia 11 de julho, no bairro Cabreúva, em Campo Grande, que acabou na morte da estudante de Camapuã Bárbara Wsttany Amorim Moreira, de 21 anos, Ricardo França que estava dentro de uma ambulância do Samu (Serviço de Atendimento Médico de Urgência) teria dito ter bebido a uma socorrista.
Em depoimento, a técnica de enfermagem do Samu disse que durante o socorro de Ricardo que estava em choque e chorando foi perguntado a ele já dentro da ambulância se havia ingerido bebidas alcoólicas, sendo que o estudante afirmou que havia ‘bebido meio dia’.
Um médico do Samu também prestou depoimento e contou que na noite do acidente durante os procedimentos de socorro percebeu que Ricardo estava com a fala arrastada e os olhos vermelhos, sinais de embriaguez. Quando perguntado para o rapaz sobre o que havia acontecido, ele respondeu que não se lembrava.
Antes do acidente que acabou na morte de Bárbara, Ricardo havia passado em uma conveniência na qual é cliente e comprado quatro cervejas, mas horas antes mele teria ido ao local e comprado cerca de 34 cervejas. O dono da conveniência que prestou depoimento disse que Bárbara estava na companhia de Ricardo, mas havia ficado esperando ele no carro.
Um bombeiro também contou em depoimento que Ricardo exalava odor etílico quando estava sendo socorrido. Ele gritava o nome da namorada, que já estava morta no asfalto. O militar teria perguntado se ele havia bebido e se o casal usava o cinto de segurança, sendo que o estudante afirmou que não usavam o cinto e que haviam ingerido bebidas alcoólicas.
Em despacho feito na terça-feira (21), o MPMS (Ministério Público Estadual) se opôs a liberdade de Ricardo França acusado de matar a namorada Bárbara Wsttany Amorim Moreira, de 21 anos, em um acidente na noite do dia 11 de julho, no bairro Cabreúva. Segundo o MP, a manutenção da prisão é necessária para a ‘garantia da ordem pública’.
No despacho, o MP aponta também ser contrário a medidas cautelares para a substituição da prisão preventiva. Na peça, o Ministério afirma que “o delito perpetrado pelo postulante atenta contra a paz pública e abala a sensação de segurança indispensável ao cidadão”.
Ainda segundo o despacho, o decreto da prisão preventiva se justifica para a ‘a garantia da ordem pública’, já que é incontestável a gravidade do crime sendo que segundo o MP ficou comprovado que Ricardo estava embriagado e em alta velocidade.
No fim de semana, a defesa havia entrado com o pedido de revogação da prisão preventiva mesmo sem exames feitos no sangue do estudante que comprovassem a sua embriaguez. “Até o presente momento não há registros de exames feitos no Ricardo”, disse o advogado João Batista que havia pedido para o Hospital Santa Casa em requerimento que fosse apresentado o prontuário com exames feitos. O juiz havia dado um prazo de 48 horas para que fossem apresentados os laudos após a decretação da prisão do estudante, que aconteceu no dia 13 de julho em audiência de custódia.
No dia 15 deste mês, a família de Bárbara distribuiu uma nota à imprensa. Na nota, os pais da jovem afirmavam o apreço pelo estudante e que o acidente teria sido uma ‘fatalidade’. Ainda segundo a carta distribuída o momento é de dor e não de procurar culpados e sim de união. Por fim, a família pedia na carta respeito a dor que sentem e também a dor do Ricardo, que nunca quis que isso (acidente) tivesse acontecido.
Fonte: Midia Max